Sou um pouco de tudo
um pouco de quem me fez
de tudo que vivi
Sou um pouco do que aprendi
das manias que criei
Sou um pouco
de saudades e tristezas
que já se dissiparam
em alegrias e exageros
Sou um amigo que se foi
um amor que deixei por ir
Sou os erros que cometi
e os acertos que nasceram deles
Sou uma incógnita
da vida e de seus mistérios
Sou o que sou
Por que aceitei em ser assim.
Um filósofo que admiro, Diógenes, levando o pensamento cínico ao extremo, vivia a desprezar qualquer idéia e costumes sociais, vivendo em uma abstinência material.
Diz-se que, Alexandre da Macedônia, o grande imperador da antiguidade, ao encontrá-lo lhe teria perguntado o que mais desejava. Acontece que devido à posição em que se encontrava Alexandre, fazia-lhe sombra. Diógenes, então olhando para o sol afirmou: "Não me tires o que não me podes dar!".
Talvez hoje, eu o considere um apelo, para uma sociedade que supostamente desenvolveu-se, e por vida em vida, noto a ausência de valores, de condições que considero que deveriam ser fundamentalmente humana, como carinho, amor...
Em troca de dinheiro, ou qualquer outra coisa que o distraia.
Queria eu que como Diógenes, andasse por ai, com uma lamparina procurando pessoas honestas, mas a maldade humana não nos permite nem uma caminhada em sossego.