- Ando desgovernada, como um astuto ser que foge constantemente de
um fantasma que me segue sem desviar o olhar, é uma fuga certeira, das
alucinações que permeiam minha mente.
-A incessante rotina que destrói minha alma, que me prende nesse corpo,
que me nega liberdade.
-Estou incapaz de olhar para o céu, para o verde das folhas, tudo ofusca
minha visão, cegueira destruidora.
-O relógio se move, segundo a segundo, que parece me sufocar, sinto o
tempo me controlando para o inevitável desorno dos sonhos. Enquanto
passam-se as horas, entrego minha vida, aos equívocos desfragmentados.
Vaga no vazio, na opulenta verdade hipócrita, uma dor imortalizada.
E a vida se comprime, com sopros de lucidez e delírio, de revolta e incapacidade.