Attr. Johann Heinrich Wilhelm Tischbein (1751-1828) Diogenes searches for an honest man'

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Para que as palavras?

Para que as palavras agora?
Se elas mal podem ser ditas lucidamente.
São sentimentos, são emoções estranhas,
imprecisas...
Para que as palavras agora?
Que seriam melhores não proferidas.
Guardadas, enterradas, mas que ficam
sobrevoando na mente, implorando por voz.
Para que as palavras agora?

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Atinente pensamento

- Ando desgovernada, como um astuto ser que foge constantemente de 
um fantasma que me segue sem desviar o olhar, é uma fuga certeira, das 
alucinações que permeiam minha mente.
-A incessante rotina que destrói minha alma, que me prende nesse corpo, 
que me nega liberdade.
-Estou incapaz de olhar para o céu, para o verde das folhas, tudo ofusca 
minha visão, cegueira destruidora.
-O relógio se move, segundo a segundo, que parece me sufocar, sinto o 
tempo me controlando para o inevitável desorno dos sonhos. Enquanto 
passam-se as horas, entrego minha vida, aos equívocos desfragmentados.
  Vaga no vazio, na opulenta verdade hipócrita, uma dor imortalizada.
  E a vida se comprime, com sopros de lucidez e delírio, de revolta e incapacidade.